GRITOS SILENCIADOSNas sombras frias de celas vazias, Onde a liberdade morre sem nome, Erguem-se muros de ferro e agonia, A voz do oprimido se torna um som distante.
Regimes de punhos fechados, Ditadores que temem a verdade, Encerram sonhos, destroem caminhos, Mas não podem calar a vontade.
Nos olhos do prisioneiro, o fogo persiste, Chamas que queimam as correntes da dor, Pois a justiça, ainda que tardia, Desfaz o aço, libera o amor.
Não há escuridão que apague a luz, Mesmo onde a tirania impõe seu frio açoite, Cada grito sufocado, cada palavra esquecida, Renasce como tempestade na calma da noite.
Abaixo as grades que não podem conter, O desejo de ser, o direito de falar, Contra as ditaduras que insistem em erguer, Prender almas que só querem amar.
Quebram-se as correntes, caem os tiranos, E a história lembrará os rostos anônimos, De quem, em silêncio, gritou por todos nós, Contra as prisões onde a injustiça faz morada.
Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 29/08/2024
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