BRUTALIDADECéus tingidos de fogo e fumaça, o eco de gritos que não se calam, passos que correm, passos que caem, em solo manchado, em silêncio que estranha.
Olhares perdidos em meio ao nada, em rostos que o tempo agora apaga, marcados pelo medo que tudo consome, em sombras que dançam, sem corpo, sem nome.
Crianças que dormem sem despertar, abraçadas ao frio de um chão sem lugar, enquanto o vento arrasta o sopro da vida, em um ciclo de dor, que nunca termina.
Destroços se erguem como túmulos nus, em ruas desfeitas, em ruínas cruas, testemunhas mudas da loucura que arde, em rastros de sangue que ninguém apaga.
É a brutalidade do homem, sem face, sem alma, que desenha a morte onde havia calma, um grito sufocado, perdido, sem fim, no abismo sombrio que ruge em mim.
Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 30/10/2024
|