POETICUS ETERNUS

" Somos o que pensamos, fazemos e falamos"

Textos


Quarenta Verões de Axé

Dos braços da Bahia nasceu o tambor,

No balanço das águas, do mar e calor.

Quarenta verões — de canto, de dança,

O Axé embalando a alma que balança.

Do chão de Salvador, pulsa o batuque,

Irreverência que encanta, que nunca se abduce.

O trio elétrico sobe, arrasta multidão,

Coração ritmado, vibra o chão!

É timbal que explode, guitarra que geme,

É a voz que ecoa do povo que treme.

"Vai no swing", sorri o luar,

No axé, a alegria tem lar.

São 40 anos de cores no ar,

Micaretas que nunca param de girar.

Cantores e bandas, blocos e corações,

Afoxés e diferentes grupos em acordes, eternas paixões.

Oh, ritmo do povo, tu és liberdade,

Pulsante e leve — és fraternidade.

Fé e amor, no abadá encantado,

Axé é a Bahia, por todos amado.

E lá na avenida, o mundo se esquece,

Do peso, da pressa — o axé o aquece.

Quarenta verões, mas tu és eterno,

Sinônimo de vida, do verão sempre terno.

Que venham mais sonhos, mares e tambores,

O Axé que renova os nossos amores.

A Bahia é axé, é riso e verdade,

Um convite sagrado pra felicidade.

 

Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 18/12/2024


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras