Eis que um ano se despede,
Como as ondas que beijam a areia,
Levando memórias, lições,
Vitórias entrelaçadas a desafios,
Dores que nos moldaram em esperança.
E nasce o novo ciclo,
Aurora de promessas e sonhos,
Fulgurante como estrelas que nunca se apagam.
Nos alimentamos do desejo,
De que o impossível curve-se à nossa vontade,
E que os ventos soprem a favor da coragem.
Há um princípio em cada fim,
Como o brotar da primavera após o inverno.
Somos viajantes deste tempo infindável,
Peregrinos que constroem castelos em terrenos áridos,
Porque é na dificuldade que o viver ganha sabor.
Que o novo ano seja estrada e céu,
Um palco para nossos passos dançarem,
Sob a música da fé e do amor,
Sob as luzes que iluminam as sombras do ontem.
Sonhemos, pois, como quem acredita,
Como quem sabe que viver é resistir,
E que os sonhos, invisíveis mas reais,
São o alicerce de um amanhã que já se anuncia.
Que cada início nos traga a força de recomeçar,
E que cada fim nos ensine a valorizar.
Somos um ciclo sem fim,
Somos vida, somos tempo, somos sonhos.