BRAIN ROT (Versejando a Podridão Cerebral)
Consumimos o efêmero, Em telas que piscam — Um desfile de sombras, E nossa mente, aos poucos, murcha. Vídeos curtos, memes, desvarios, Informação em gotas — Nada se aprofunda, Mas tudo corrói. Entre cliques e deslizes, Almas flutuam, desatentas, A razão cede espaço À podridão latente. Onde está o pensamento? Onde habita o sentir? Se o cérebro, viciado, Não sabe mais distinguir. O digital é espelho, Mas também é prisão, Uma cela dourada De pixels e distração. Buscamos sentido, Mas encontramos ruído. Reflexão é rara, Silêncio, perdido. E enquanto scrollamos, O tempo escorre. O que resta de nós Quando a mente morre? Sonhos despedaçados, Ideias sem raiz. Brain rot, o diagnóstico: Uma mente infeliz. Mas ainda há tempo, De erguer o olhar. Desconectar-se, Reaprender a pensar. Pois há poesia na pausa, E sabedoria no lento. Que o cérebro renasça, Livre do tormento. Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 06/01/2025
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