OS SEM ...Pelas veredas das cidades grandes Nos deparamos com a desigualdade Que aflora e choca Que nos leva a uma reflexão Deixando-nos em ebulição Questionamentos que nos tornam reféns O que fazer? Como agir? Muitos ficam indiferentes São cenas trágicas Crianças, idosos, animais, doentes, grávidas Tudo junto Aguardando uma sopa, um pão, uma água Sem tetos que inflam as ruelas das cidades Esquinas abarrotadas de serem humanos Sem esperança, sem oportunidades Os sem tetos, os sem famílias, os sem amor Entregues à indigência e doenças Consumidos pelas drogas e violência Abandonados ou por opção individual Paisagens mórbidas, situações que sensibilizam Os sem nada, os sem compaixão Que perambulam como zumbis À procura de que? Em busca de um oásis imaginário Da solidariedade que às vezes chega Nas noites frias do inverno Nas festas simbólicas Onde podemos ver o sorriso das crianças Observar o brilho opaco de seus olhos Seres magérrimos Seres que ainda sonham Os sem tetos que assombram e cortam nosso coração Nos atingindo como petardos Esquinas escuras e fétidas onde descansam Tentando dormir e fugir da realidade que os abraçam Minando as forças que ainda restam Deixando latente a indiferença social E a incompetência governamental!
Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 09/01/2025
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