ROTA DA PERSEGUIÇÃOCaminhos escuros se estendem, Trilhos de dor, de sangue marcados, Onde passos de fé silenciam, E sussurros são gritos calados. A cruz, antes símbolo de vida, Agora se torna sentença de morte, Rota cruel, de corações despedaçados, Onde esperança enfrenta a má sorte. As igrejas, templos de amor e luz, São agora cinzas no vento impiedoso, Vandalizadas, profanadas, em ódio, Por mãos que destroem o sagrado virtuoso. Escondem-se os fiéis, no silêncio da noite, Rezando em grutas, em sombras esparsas, Onde o eco de suas orações rasga o escuro, Enquanto a justiça dorme, cúmplice das farsas. Torturados em corpo, mas não em espírito, Prisioneiros, mas livres no coração, Cada lágrima caída é um ato de fé, Cada ferida, um grito pela salvação. Direitos humanos? Meras palavras vazias, Soterradas sob montanhas de opressão, Enquanto o mundo olha, mas desvia os olhos, Da rota cruel da perseguição. Mas a fé, esta chama que nunca se apaga, Resiste, persiste, no coração dos fiéis, Pois quem crê não sucumbe à tirania, Mesmo diante das mais cruéis marés. No passado foi assim nas perseguições em urbes do Império Romano Cidades bizantinas que estavam na rota da perseguição em terras semiticas Nas hordas de peregrinos levando uma nova visão ao Oriente Perseguições implacáveis e sem filtros E assim, na rota da perseguição, Os mártires se tornam semente, Pois o amor que plantam em seu sacrifício Florescerá em terras mais resistentes. Que a luz vença a escuridão, Que o grito se transforme em canção, E que a fé, na sua essência mais pura, Seja para sempre o farol da redenção.
Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 27/01/2025
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