![]() SILÊNCIO QUE GRITAComeça devagar... Num vazio que ninguém vê. Um suspiro esquecido, Um olhar que se perde na parede. É o cansaço que não passa, Mesmo após longas noites. É sorrir por educação, É viver sem emoção. Tudo está ali — O mundo segue, colorido, Mas por dentro... Cinzento. Ninguém percebe a ausência da alma, Porque o corpo ainda caminha. Ninguém nota o grito mudo, Que se esconde entre piadas e rotinas. Às vezes nasce De uma dor não elaborada, De uma perda não compreendida, De um trauma velado na infância. Às vezes... É só o peso de ser Num mundo que exige demais E acolhe de menos. Vai consumindo, pouco a pouco: Vontades. Sorrisos. Planos. E até mesmo as lágrimas. Sim... até o choro desaparece. É um labirinto sem mapa, Um espelho que não reflete. É estar entre muitos E sentir-se sozinho. Mas ainda há, no mais íntimo, Um fio. Uma esperança. Por menor que seja — Ela vibra. E quando a luz voltar, Mesmo que tênue, Mesmo que frágil, Segura. Caminha. Porque viver é insistir, É permitir-se ajuda, É reaprender a sentir, É entender: você não está só. Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 21/04/2025
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