![]() VERSOS AO VENTONos campos que o tempo esquece, sob a luz que a lua empresta, um trovador canta em prece, versos que o amor manifesta. Nas sendas que aos vales descem, pelas rotas e caminhos, leva o peito que não esquece o calor de teus carinhos. O vento sopra a saudade, as folhas murmuram teu nome, sou andarilho em liberdade, mas teu olhar sempre me consome. Em cada aldeia, em cada vila, as crianças seguem meu canto, mas na estrada que me exila a solidão pesa como um manto. Se choras, o céu é pranto, se ris, as estrelas dançam, pois no eco do teu encanto meus suspiros se balançam. Oh, senhora dos meus ais, meu tormento e meu alento, se teu olhar busca os umbrais, sou eco perdido ao vento. Caminho sem destino certo, como as folhas que o rio leva, mas no peito trago aberto teu amor, que nunca neva. Que este canto atravessado pelas dores e esperanças, seja eterno, seja achado no jardim das lembranças. E se um dia meu passo pousar no porto onde tua alma habita, que o tempo não venha apagar a chama que em mim palpita.
Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 11/05/2025
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