![]() SILÊNCIO DO DESEMPENHO
Acordo antes do dia com os olhos esmagados pelo brilho do dever.
Sou livre — tão livre que me tornei carcereiro de mim mesmo.
Minhas mãos produzem o invisível, meu cansaço não sangra — mas afunda em silêncio.
Não há patrão, não há chicote, apenas a doce tirania do "eu posso tudo".
Numa tela sem fim, me espremo em likes e metas, respiro notificações em vez de ar.
O tempo não corre — se desgasta. E eu, empreendedor da minha própria ruína, sorrio por obrigação.
Gostaria de dormir, mas o sono virou distração improdutiva. Gostaria de não ser, mas isso não gera engajamento.
Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 24/06/2025
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