POETICUS ETERNUS

" Somos o que pensamos, fazemos e falamos"

Textos


TECNOPAUSA

Desliguei a máquina.

Ela resistiu com luzes e sons —

como um cão abandonado

latindo para ser tocado.

 

Mas mantive os olhos no escuro.

No escuro moram os pássaros

que esquecemos de ouvir.

 

Redescobri o som da minha própria voz

fora do eco digital.

Era frágil —

e, por isso, viva.

 

 

Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 26/06/2025


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